sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Clamor da alma

Daí ouvidos, ó Deus, á minha oração, não te escondas da minha súplica. Atende-me e responda-me; sinto-me perplexo em minha queixa e ando perturbado, por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio”.

Conta os estudiosos, que Davi neste Salmo, passava por momento de grande angústia e perturbação, ao saber que seu filho, Absalão, armou uma rebelião para usurpar o reino e matar o próprio pai. Naquele momento, o Rei Davi não encontrou outra saída a não ser o de clamar, implorar misericórdia a Deus, pois se encontrava numa situação difícil. Ou ele usava seu poder de Rei e mandava matar o filho, ou fugiria para bem longe até aquele momento de ira passar.
Ou deixava de lado a força do braço, se prostrasse diante de Deus buscando a providência e direção para aquela situação trágica. No versículo seis, Davi queria ter asas como a de pomba e voar, para fugir daquele problema. Porque, como ele disse, não era o inimigo que o afrontava, mas sim “meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos nos entretemos e íamos á Casa do Senhor” (Is 55:13, 14). Como era difícil, que decepção, o filho que comeu na mesma mesa, se divertiu com o pai na infância e passou os melhores momentos da sua vida, estava traindo o próprio pai.
 Existem decepções que nos arrasa, nos faz perder o chão. Essa é, mas uma lição para nossa vida, estar preparado para as decepções. Muitas vezes nos decepcionamos com aqueles que amamos, com amigos, com irmãos. O que fazer? Orar, aprender a Le dar com a adversidade da vida, porque não existe perfeição nessa Terra, só no Céu.
 Muitas vezes enfrentamos a fúria tão nítida do mal contra nós, que entramos em desespero. Ficamos desolados, sem direção. São traições, invejas, desilusões...
A vontade que nos dá é sumir da face da terra. Mas não devemos nos acovardar. Devemos seguir o exemplo de Davi. No versículo 16, ele disse que invocaria a Deus, de dia, de tarde, de noite. Não importava, não daria descanso aos olhos enquanto seu problema não fosse resolvido. Infelizmente, mais tarde, seu filho Absalão morreu de forma trágica. A própria maldição o alcançou. Mas não vem ao caso essa morte. Mas o grande sentido dessa experiência de Davi é que Deus deve estar no centro de tudo de nossas vidas. Devemos buscá-Lo na alegria, nos desertos, nas vitórias, na aparente derrota. Em todos os momentos, há todos os instantes. Mesmo diante das decepções, perseguições, traições. Devemos olhar somente para Ele.

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